Das 7 Tartarugas-marinhas, a Tartaruga-de-couro (Dermochelys coreacea) é a maior espécie que existe. Pode chegar aos 3 metros de comprimento e pesar cerca de 500 Kg, podendo atingir os 305 anos de idade. A sua coloração é negra-azulada com manchas claras e irregulares; no caso das fêmeas, a cauda é menor e têm uma mancha rosada no topo da cabeça.
A sua dieta é variada e consiste em alforrecas, moluscos, algas, peixes e crustáceos, daí a sua aproximação da costa durante a alimentação e reprodução. Apesar de esta espécie existir em Portugal, não se reproduz na costa portuguesa.
Infelizmente, a maior ameaça é a captura acidental em artes de pesca, captura dos seus ovos e muitas vezes acabam presas em redes fantasma que ficam perdidas no mar. No dia 14 de Outubro, num passeio Observação de Golfinhos em Lisboa, os clientes e tripulantes tiveram oportunidade de observar uma destas tartarugas enrolada numa rede de pesca; apesar dos esforços, não nos foi possível aproximar do animal para remover a rede, porque felizmente estava a alimentar-se e mergulhou mal se fez a aproximação.
Esta espécie tem um estatuto de conservação Vulnerável.
No dia 21 de fevereiro, a equipa da SeaEO-Tours recebeu uma comunicação VHF com um MAYDAY (pedido de socorro) resultado de um ataque de orcas, quando estava a terminar mais um passeio de observação de golfinhos, junto ao Meco.
Rapidamente tentamos perceber a distância a que se encontravam de nós e, sem hesitar, seguimos em seu auxílio.
Tratava-se de um veleiro de 12 metros, com 4 pessoas a bordo. A embarcação estava a cerca de 3 Milhas Náuticas Oeste do Cabo Espichel à deriva por causa de uma interacção com quatro Orcas que teriam partido o leme.
Chegados ao local, verificámos que os tripulantes se encontravam bem e com colete salva-vidas. As Orcas já tinham seguido o seu caminho. Quando preparávamos o reboque chegou também ao local o ISN (Instituto de Socorros a Náufragos – Autoridade Marítima Nacional), organismo responsável pelas áreas de salvamento marítimo, socorro a náufragos e assistência a banhistas, que os levou ao porto de Sesimbra.
Sidónio Paes, Sócio-Gerente da SeaEO-Tours e biólogo marinho, está a colaborar com o Grupo de Trabalho da Orca Atlântica. Salienta que “Não nos podemos esquecer de que estamos no habitat natural das Orcas. Há sempre um risco contudo o que podemos fazer é mitigar este novo comportamento delas. Temos de perceber como nos podemos defender, sem as ferir”.
Nos últimos anos tem se verificado um número crescente de ataques de Orcas a veleiros na península Ibérica e que resultam, na maior parte das vezes, na inutilização do leme. Não há registo de ataques diretos a humanos.
Não se sabe ao certo o que deu origem a esta interação das Orcas com os veleiros. O tema tem sido bem acompanhado desde Agosto 2020, data em que se deu a primeira interação, por grupos de biólogos marinhos e é alvo de estudos. Embora não haja conclusões finais, os ataques reportados até ao momento são desencadeados por fêmeas e juvenis, bastante bem estudados pelas comunidades de biólogos da península Ibérica.
Notícias sobre o assunto:
TVI: Grupo de orcas destrói leme de veleiro em Sesimbra. Veja as imagens do resgate
CNN Portugal: Grupo de orcas destrói leme de veleiro em Sesimbra. Veja as imagens do resgate
Sol: Veleiro atacado por grupo de orcas em Sesimbra
CMTV: Grupo de orcas ataca veleiro com sete tripulantes a bordo em Sesimbra
Notícias ao Minuto: Grupo de orcas ataca e destrói leme de veleiro em Sesimbra
Desde o início do ano 2023, Afonso Castanheira, fundador da Associação “Mestres do Oceano” tem patrulhado as praias na zona centro de Portugal, nomeadamente Peniche e Baleal e o cenário é devastador.
Diariamente têm arrojado (dão à costa), dezenas de aves marinhas, especialmente espécies de Alcídeos, como o Papagaio-do-mar. A maioria é encontrada morta nas praias daquela região. As aves sobreviventes aparecem sem forças para voar ou para andar. É nesse momento que a Associação, em conjunto com o ICNF e CRAM (Ecomare), juntam forças e tentam ao máximo fazer com que estas pequenas aves sobrevivam nos dias seguintes, alimentando-as, desintoxicando-as, dando-lhes abrigo para poderem ser reabilitadas e mais tarde reintroduzidas no seu meio aquático natural.
Todos os anos, especialmente nesta época de tempestades fortes no mar, “há várias aves a dar à costa, mas nunca como este ano”, reporta Afonso. “ É um fenómeno raríssimo em Portugal” e o problema é que ainda não se descobriu a causa de tantos arrojamentos. É sabido que a gripe das Aves tem afetado populações de Aves marinhas a nível mundial, especialmente no Norte da Europa. Poucas destas aves aparentam terem sido apanhadas em linhas de pesca, como o palangre ou redes de emalhar, contudo, este fenómeno vai para além desta ameaça.
Nos passeios de barco que a SeaEO desenvolve, é comum observarem-se várias espécies de aves marinhas como o grupo dos Alcídeos durante o Inverno, seja Tordas-mergulheiras (mais frequente), Airos ou mesmo Papagaios-do-mar. São espécies que durante o Outono e Inverno migram para zonas costeiras mais a Sul da Europa à procura de alimento para depois migrarem mais a Norte e procriar. Contudo, jamais observamos estas aves em perigo durante os passeios.
É preocupante que até ao dia 18 de Janeiro, Afonso e a sua equipa tenha encontrado mais de 400 animais arrojados numa pequena extensão de areia com cerca de 4 kms. A maioria grande estava morta e realmente coincide com a forte ondulação e ventos que se têm sentido na costa de Portugal Continental nessa altura. Vale a dedicação e conhecimento da Associação que tem salvo várias Aves marinhas arrojadas nos últimos naquela região, dando-lhe sempre o nome de “Coronita”, a qual continua a patrulhar diariamente as praias em buscar de lixo marinho e arrojamentos, com o objectivo de alertar a sociedade civil para a destruição da biodiversidade marinha e seus habitats, bem como da consciencialização da poluição marinha que temos assistido à escala global.
Temos que conhecer melhor este fenómeno, que representa o pior deste exemplo de destruição de biodiversidade marinha, difundir a mensagem e promover ações de conservação pela sociedade civil, agentes locais e diferentes sectores para que possamos proteger melhor as várias espécies com quem partilhamos este riquíssimo planeta.
Foi esta quarta-feira, 27 de julho, pelas 10:37 a bordo do “Odisseia”, num dos barcos da SeaEO Tours que os 12 clientes assistiram a um dos fenómenos mais incríveis da natureza – o nascimento de um golfinho.
As condições do rio e mar estava mais difíceis do que o habitual por estar bastante vento. Contudo, navegamos pela margem Sul e deparamo-nos com um grupo de oito golfinhos-comuns (Delphinus delphis), que é a espécie mais avistada no rio Tejo desde 2020. O grupo era composto por várias fêmeas com crias recém-nascidas, com alguns dias ou semanas, até que nos apercebemos que uma delas estava a agir de forma diferente.
Estava muito mais tranquilo à superfície e a vir respirar com maior frequência e sem se movimentar muito. Uns segundos depois, vimos uma cria a sair debaixo da fêmea, mesmo muito pequenina com cerca de 50cm: tinha acabado de nascer. “Um dos comportamentos da progenitora é empurrar a cria para a superfície para que ela respire pela primeira vez e foi isso que me chamou a atenção na altura. Foi um momento muito especial” – como relata Bartolomeu Paes (tripulante e guia da SeaEO Tours).
Foi-nos possível confirmar porque, para nosso espanto viu-se uma bolsa cor de laranja agarrada à fêmea. Inicialmente pensamos que poderia estar ferida, mas rapidamente deduzimos que, por estar uma bolsa presa e com uma cria tão pequena evidenciada com as pregas fetais (marcas do nascimento) de cetáceos, só podia ser a placenta.
Sabendo que estes animais são muito sensíveis ao som causado pelos motores, desligamo-los imediatamente, tal como o outro barco ao nosso lado de outra empresa. Apesar de termos uma distância de segurança aos animais, esta fêmea curiosamente aproximou-se dos barcos calmamente, como se viesse mostrar a sua cria recém-nascida. Com um movimento menos habitual, as fêmea consegui livrar-se da placenta passados 10 minutos.
Com uma gestação que dura entre 11 a 12 meses, estes mamíferos que vivem no mar têm uma maior atividade sexual na altura do Verão, entre maio e setembro. Facto é que, desde que temos avistado golfinhos no Tejo em 2020, há normalmente a presença de crias ou fêmeas grávidas.
Desde a pandemia que se têm avistado golfinhos no Tejo, mas nunca o nascimento de crias, o que nos poderá colocar a hipótese: “poderá o Tejo ser uma zona interessante para ter as crias, uma zona de refúgio ou uma maternidade?”. Em parceria com o MARE-ISPA – Instituto Superior de Psicologia Aplicada (Prof. Dra. Ana Rita Luís), a empresa está a estudar o motivo de se manterem por cá, mesmo depois de todas as atividades económicas terem retomado ao normal. Alguns dos golfinhos que vieram na altura da pandemia em 2020 e 2021, continuam aqui, por isso a razão pela qual se mantêm cá será mais forte, seja por disponibilidade de alimento seja por consideraram o Tejo uma zona de maternidade.
Como mencionado noutros meios de comunicação, “Antes de 2020, tínhamos cinco ou seis avistamentos por ano”. Este recente fenómeno terá várias razões, mas está certamente relacionado com a drástica redução de atividade humana durante o confinamento, seja por menos pressão da atividade de pesca, melhor qualidade da água do rio, menor poluição sonora e menor perturbação causada por navios ou barcos de recreio.
O Estuário do Tejo é das mais importantes zonas húmidas da Península Ibérica que alberga milhões de espécies em diversos habitats, funcionando com local de eleição para espécies marinhas e aquáticas que vêm nidificar, alimentar-se, procriar ou simplesmente de passagem. É por isso mais importante que nunca a promoção da conservação da biodiversidade marinha, seja por operadores marítimo-turísticos que desenvolvem atividades de sensibilização ambiental e turismo sustentável e responsável bem como de campanhas de educação ambiental com a sociedade civil.
Leia aqui os últimos artigos nos quais a SeaEO Tours e os seus biólogos marinhos têm sido notícia nos media portugueses.
As recentes visitas dos golfinhos, tanto da espécie golfinho-comun como de golfinho-roaz no rio Tejo tem atraído a atenção de curiosos e dos media sobre a presença destes magníficos mamíferos marinhos, que historicamente têm subido o rio há muitos anos atrás. Essa é a razão pela qual os pilares da ponte 25 de Abril estão pintados com algumas espécies de Cetáceos.
A Autoridade Marítima Nacional e o Turismo de Portugal reabriram as atividade Marítimo-Tuísticas, e nós precisamos mesmo de atividades ao ar livre! Os passeios de barco em Lisboa estão de volta e as atividades ao ar livre com a vida selvagem estão à sua espera!
Uma vez que esperamos que se possa juntar a esta aventura à procura de Golfinhos tão perto de Lisboa, ou à procura de Aves no Estuário, temos preparado a época em segurança e conforto.
Como sabe, estamos comprometidos para lhe dar a melhor experiência num ambiente limpo e seguro. As medidas preventivas permitem que aproveite ao máximo os passeios de barco em Lisboa. Poderá fazer a sua reserva online, evitando o contacto pessoal.
Esperamos que traga alegria e felicidade aos passeios de aventura que preparamos para si. Caso tenha dúvidas, não hesite em contactar-nos.
Para pedidos especiais, ou aluguer de barcos em privado para si e para a sua família, longe de multidões turísticas, garanta que nos envia uma mensagem whatsapp ou um e-mail: info@seaeo-tours.pt
Os Passeios de Barco em Lisboa Estão de Volta!
Travel & Hospitality Awards é um programa da indústria do turismo que reconhece os melhores hoteis, operadores turísticos, experiências e empresas inovadores na área.
Os prémios são escolhidos com base na satisfação de cliente, bons indicadores de parceiros, e reconhecimento de serviço excepcional. Os nomeados são depois categorisados e comparados a nível regional por um painel de júri.
O principal objectivo é celebrar o sucesso através do reconhecimento de inovação, serviço evidenciado e de excelência na indústria de viagens e hospitalidade.
SeaEO-Tours foi nomeada e vencedora do prémio Travel and Hospitality Awards de Melhor empresa na categoria de Passeios na Natureza em Lisboa.
Com o Passeio para Observação de Golfinhos,sendo o passeio mais vendido, Sidónio Paes, Sócio e Gerente, explica:
Este prémio reflete o interesse suscitado pelo cliente no que respeita as atividade na Natureza com que trabalhamos e que muito nos orgulhamos desde o primieiro dia, bem como o espírito de equipa que temos desenvolvido ao longo dos anos bem como dos nosso parceiros e fornecedores. as well the teamwork that we’ve been developing along with our partners and suppliers.
Sidónio Paes, CEO
SeaEO-Tours opera em Lisboa desde Fevereiro de 2018.
Uma das épocas para grandes migrações de aves começa em setembro, quando uma enorme variedade de aves marinhas começa a voar do hemisfério Norte para latitudes mais baixas, tal como Lisboa. Outras espécies de aves marinhas terminam a sua época de verão e começam a mirgrar para destinos mais quentes.
Portugal continental localiza-se no meio de duas grandes rotas migratórias para aves marinhas, aves terrestres e aves aquáticas. A rota migratória do Atlântico Norte e a do Mediterrâneo. Algumas espécies de aves são simplesmente de passagem, enquanto outras ficam durante o Inverno. A observação de aves marinhas é uma das melhores formas de procurar espécies especificas que passam fora da zona costeira de Lisboa.
Além do passeio de barco regular para Observação de Aves do Estuário do Tejo, a SeaEO em parceria com grupos de especialistas de aves, como o EVOA e o Clube XZEN. Esta cooperação permitiu desenvolver e criar eventos especiais para Observação de Aves Marinhas para Ornitólogos e amantes da Natureza permitindo uma maior aproximação para tirar as melhores fotografias destas belíssimo animais selvagens.
No mar, as Aves Pelágicas ou Aves Marinhas podem ser avistadas junto a espécies de cetáceos, tais como baleias e golfinhos. É muito provável que num passeio para Observação de Golfinhos em Lisboa, a nossa tripulação aviste algumas espécies de Aves, e por isso o passeio de barco para Observação de Aves Marinhas
A próxima saída para Observação de Aves Marinhas está programada para dia 24 de Outubro cedo de manhã Engodo está incluido e os lugares são limitados a 12 clientes por barco.
Momentos incríveis com a vida selvagem devem ser partilhados. Os clientes da SeaEO têm a possibilidade de ter momentos incríveis na presença de espécies marinhas, tais como Golfinhos, Tubarões, Aves marinhas e ocasionalmente Baleias perto de Lisboa.
Nos últimos dias, uma baleia-de-bossas foi avistada a nadar e dando majestosos saltos. A possibilidade de estar tão perto destes incríveis e majestosas criaturas faz-nos sentir vivos. Veja o nosso passeio de observação de baleias em Setembro.
Os botos, apesar de não serem golfinhos, têm sido avistados por perto. Contudo, são normalmente bastante tímidos na presença de barcos. Como publicado anteriormente, temos notado uma aproximação da vida selvagem à nossa costa.
Veja mais sobre os nossos passeios de barco em Lisboa com o conceito de Turismo de Natureza. Encante-se pelas aventuras de Ecoturismo com tripulação experiente e beneficie de um desconto de 20% para reservas até ao final de 2020.
Os blooms de algas durante a Primavera no oceano, criam condições perfeitas para a vida marinha proliferar. Lisboa tem sido palco de avistamentos diários de golfinhos selvagens desde finais de Maio.
Os golfinhos de Verão em Lisboa são na realidade o mesmo grupo de golfinhos-comuns (Delphinus delphis) que têm visitado o Estuário do Tejo e o boca do rio Tejo nos últimos meses. Uma escola de vela tem avistado os golfinhos diariamento em parceria com a SeaEO
Este golfinho foi chamado DC10, especialemtne porque apresenta um corte horizontal na barbatana dorsal. O sistema de identificação de indivíduos é baseado nas barbatanas dorsais que funcionam com o impressão digital, sendo única para cada indivíduo.
O corte na barbatana pode ter sido consequência de uma colisão com uma embarcação ou navio. A pesca também afecta a sua segurança, podendo colocar um grupo de golfinhos em situação de risco sempre que há maior proximidade com os aparelhos de pesca.
Estes mamíferos marinhos, têm sido avistados em Lisboa pelo menos desde dia 30 de Maio. Este grupo de golfinhos-comunsé composto por vários indivíduos frequentemente identificados. As marcas ou características são evidentes e ajudam a confirmar a sua presença nas águas de Lisboa.
Uma vez que os golfinhos são seres curiosos, tal como os humanos, há cada vez mais barcos intrigados com a sua proximidade. Por sua vez, podem colocar um grupo de golfinhos em risco, especialemente na presença de crias recém-nascidas. è fundamental ter precaução redobrada quando nos cruzamos de barco com um grupo de golfinhos!
Nesse sentido, é extramamente importante ter uma conduta responsável e reservar um passeio de Observação de Cetáceos só com empresas autorizadas e com tripulação experiente, como a SeaEO, e que é obrigatório por lei.
AOC | Licença Observação de Cetáceos ICNF, I.P. nº 12/2019
Para saber mais informação sobre Legislação para Observação de Cetáceos e Autorizações, podem contactar nos.
Aproximamos as pessoas à Natureza!